Festival e Feira Cultural dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará
Macapá (AP) – Entre os dias 22 e 23 de setembro, a 22ª Brigada de Infantaria de Selva, em parceria com o Governo do Estado do Amapá, realizaram na Toca da Onça, o 1º Festival e Feira Cultural dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará. O festival fomenta a valorização da cultura e diversidade indígena no Estado.
O Comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva, General Vinicius, membros da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas – SEPI e a coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena - DSEI, Simone Karipuna, junto aos demais convidados, realizaram a abertura do evento. Na ocasião, a coordenadora falou sobre a importância do festival para os povos indígenas da Região.
"Estamos construindo diferente, com coletividade a partir de muitas mãos, com grandes objetivos, o de fazer com que a população não indígena conheça a realidade, a cultura de toda essa diversidade que são os povos indígenas", concluiu Simone.
O festival contou com a presença do Governador do Estado do Amapá, Clésio Luís, e do Senador Randolfe Rodrigues, que prestigiaram e parabenizaram a todos pela parceria e integração do Exército Brasileiro em todas as vertentes da sociedade.
O Exército Brasileiro não mediu esforços para transportar cerca de 120 indígenas que saíram da Aldeia do Manga, localizada às margens do Rio Curipi, na Terra Indígena no Oiapoque e da aldeia Aramirã, no município de Pedra Branca do Amapari. Todos os indígenas ficaram alojados com segurança na Brigada Foz do Amazonas.
As comunidades indígenas do Oiapoque e Pedra Branca do Amapari participaram do festival e apresentaram para a população a riqueza da cultura dos povos originários, com apresentações teatrais, exposições temporárias indígenas, apresentações culturais, desfiles indígena, artesanatos e gastronomia regional.
Para a Secretária de Estado dos Povos Indígenas do Amapá, Sônia Jeanjacque, o festival reforça o respeito pelos povos originários e fomenta as tradições indígenas.
"Esse é um evento que foi idealizado para mostrar ao povo da capital o quanto a população indígena é rica em cultura, então é um momento de muita alegria", enfatizou Sônia.
Ações de cidadania e saúde, como aplicação de flúor e a retirada da carteira do artesão contaram com o apoio das Secretarias de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (SETE), de Saúde (SESA) e de Política para as Mulheres (SEPM).
Durante a programação, foram oferecidos, ainda, atendimentos odontológicos e psicológicos, massoterapia, vacinação, corte de cabelo, com o apoio do Instituto Akari, e também visitas guiadas às escolas estaduais e municipais para as exposições. Os estudantes de escolas públicas puderam aprofundar os conhecimentos sobre a cultura dos povos originários através de uma apresentação do Teatro Maiuhi, encenada por jovens indígenas, que retratam o dia a dia de sua cultura.
Para o Comandante da 22ª da Brigada de Infantaria de Selva, General Marcus Vinicius Gomes Bonifácio, o festival trouxe a cultura indígena para o cenário urbano e também é um ato de respeito e inclusão, já que há uma ligação histórica entre o Exército Brasileiro e os Povos Indígenas.
“A parceria com o Governo do Estado reforça essa cooperação em diversas áreas, mas também nessa área cultural dos nossos povos originários, aqueles que aqui sempre habitaram. A gente traz um pouco disso, mostra um pouco dessa rica cultura que nós temos aqui, uma forma também de homenagear os nossos soldados indígenas que integram o Exército Brasileiro", concluiu o general.
Nas exposições temporárias indígenas, a pesquisadora e artista indígena Keyla Palikur, do povo Palikur-Arukwayene, da região do Oiapoque, participou do festival com uma exposição de ilustrações digitais denominada ‘Visões de Mundo’, a partir de um olhar contemporâneo da realidade Indígena.
A indígena Panape Apalai Waiana faz parte da Associação dos Povos Indígenas Waiana e Apalai e participou do festival. "Nós queremos mostrar a nossa cultura, a nossa participação, dizer que nós somos raiz, nós somos os povos originários aqui do Brasil e que nós lutamos pelos nossos direitos, pela educação, saúde e pelo futuro das nossas crianças", pontuou Panape.
A parceria também contou com o Instituto Akari, o SEBRAE Amapá, a CEA Equatorial, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e a Secretaria de Cultura (SECULT), que proporcionou atrações culturais, de artistas locais.
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